Padrão da raça
O cavalo Lusitano inspirou descrições apaixonadas como: “um cavalo de rei em dia de triunfo”, “um cavalo que alia à beleza e harmonia do modelo um temperamento dócil e generoso e uns andamentos fáceis, cômodos e brilhantes”.
A definição mais técnica está no Padrão Oficial da Raça, publicado no Stud Book publicado pela APSL – Associação Portuguesa do Puro Sangue Lusitano.
Para ler mais descrições de grandes conhecedores do PSL autores das citações acima acesse nossa página de Citações, segue o Padrão Oficial na íntegra:
Cavalo Lusitano – Padrão Oficial
TIPO: Eumétrico (peso cerca dos 500 kg); mediolíneo; subconvexílineo (de formas arredondadas), de silhueta inscritível num quadrado.
ALTURA: média ao garrote (cernelha), medida com hipômetro, aos 6 anos:
Fêmea 1,55m e Machos 1,60m
PELAGEM: As mais apreciadas são a tordilha (ruça) e a castanha, em todos os seus matizes.
TEMPERAMENTO: Nobre, generoso e ardente, mas sempre dócil e sofredor.
ANDAMENTOS: Ágeis e elevados, projetando-se para diante, suaves e de grande comodidade para o cavaleiro.
APTIDÃO: Tendência natural para a concentração, com grande predisposição para exercícios de Alta-Escola e grande coragem e entusiasmo nos exercícios da gineta (combate, caça, toureio, manejo de gado, etc).
CABEÇA: Bem proporcionada, de comprimento médio, delgada e seca, de ramo mandibular pouco desenvolvido e faces relativamente compridas, de perfil levemente subconvexo, fronte levemente abaulada (sobressaindo entre as arcadas supraciliares), olhos sobre o elíptico, grandes e vivos, expressivos e confiantes. As orelhas são de comprimento médio, finas, delgadas e expressivas.
PESCOÇO: De comprimento médio, rodado, de crineira delgada, de ligação estreita à cabeça, largo na base, e bem inserido nas espáduas, saindo do garrote (cernelha) sem depressão acentuada.
GARROTE: (cernelha) Bem destacado extenso, numa transição suave entre o dorso e o pescoço, sempre mais levemente elevado que a garupa. Nos machos inteiros fica afogado em gordura, mas destaca-se sempre bem das espáduas.
PEITORAL: De amplidão média, profundo e musculoso.
COSTADO: Bem desenvolvido, extenso e profundo, costelas levemente arqueadas, inseridas obliquamente na coluna vertebral, proporcionando um flanco curto e cheio.
ESPÁDUAS: Compridas, oblíquas e bem musculadas.
DORSO: Bem dirigido, tendendo para o horizontal, servindo de traço de união suave entre o garrote e o rim.
RIM: Curto, largo, levemente convexo, bem ligado ao dorso e à garupa com a qual forma uma linha contínua e perfeitamente harmônica.
GARUPA: Forte e arredondada, bem proporcionada, ligeiramente oblíqua, de comprimento e largura de dimensões idênticas, de perfil convexo, harmônico, e ponta das ancas pouco evidentes, conferindo à garupa uma secção transversal elíptica.
Cauda saindo no seguimento da curvatura da garupa, de crinas sedosas, longas e abundantes.
MEMBROS: Braço bem musculado, harmoniosamente inclinado.
Antebraço bem aprumado e musculado
Joelho seco e largo
Canelas sobre o comprido, secas e com os tendões bem destacados
Boletos secos, relativamente volumosos, e quase sem machinhos.
Quartelas relativamente compridas e oblíquas.
Cascos de boa constituição, bem conformados e proporcionados, de talões não muito abertos e coroa pouco evidente.
Nádega curta e convexa
Coxa musculosa, sobre o curto, dirigida de modo que a rótula se situa na vertical da ponta da anca.
Perna sobre o comprido, colocando a ponta do curvilhão na vertical da ponta da nádega.
Curvilhão largo, forte e seco.
Os membros posteriores apresentam ângulos relativamente fechados.